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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Di Carlos Roberto de Oliveira

Crônica



Dicró e Moreira da Silva



Pandeiros calados, cavacos de cordas soltas, o chapéu do sambista amarelou num céu nublado, o coro canta baixo e a roda diminuiu, entristecem homens de boa fé, chorem mulheres esperançosas, pois lá se vai mais um homem de H maiúsculo, homem da raiz do “macho jurubeba”, como nossos avôs que presava por uma barba bem feita e não ligava por um chinelo da “moda bacana”.


Dos discos e fitas, cds e ele chegou até aqui, com humor e bom senso, humildade e bom gosto e amor dedicado à velha cruz de malta.

Dormi um sambista de coração e com pé no chão. Di alguma coisa, di fato, di perto, di bom, di homem, Dicró...

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Livraria Ideal, uma história contada dentro e fora dos livros

Indico *


Há tempos quero dedicar um post à Livraria Ideal e hoje é o dia.



Nessa manhã de Quinta-feira cumprindo meus compromissos pelo centro da cidade passei pela Rua Visc. de Itaboraí e bati o olho na Livraria Ideal, pela qual admiro a história e o simbolo que é para a cultura de Niterói.

Resolvi entrar e conheci o Senhor Carlos Monaco, dono da livraria e o papo foi bom e acredito que todos deveriam conhecer essa livraria crianças, jovens, adultos e idosos - se já não conhecem -.

Loja modesta de aparência bagunçada o clima é de vizinhança pequena, onde vizinhos ficam no portão sentados e conversando, todos que passam cumprimentam o Sr. Carlos e aproveitam para pegar o jornalzinho da livraria, algumas cadeiras na calçada convida a uma leitura rápida enquanto o tempo passa.


Bom, preparei um resumo da História da Livraria Ideal. De um lida.


Tudo começa em 1935 na Av. Visconde do Rio Branco em Niterói no número 255 e era chamada de Livraria do Monaco, ainda na Av. Visconde do Rio Branco em 1946 a Livraria mudou-se para o número 239 e passou a se chamar Livraria Ideal.

Em 1957 as 12h na sede da Livraria Ideal é fundado o Grupo Monaco de Cultura por Silvestre e Emílio donos da livraria, coma finalidade na difusão cultural por meio de palestras e bate-papos periódicos sobre coisas de cultura.

No final de década de 70, já com o Carlos Monaco filho do Sr Silvestre Monaco a livraria ganha um novo endereço que permanece até os dias de hoje, na Rua Visconde de Itaboraí 222, ponto de encontro do Grupo Monaco de Cultura. Aos sábado às 9h, escritores, pensadores e dono de livrarias discutem pensamentos, eventos e ainda realizam lançamentos de livros.


Batendo um papo com Sr. Carlos que demostra amor e intimidade com os livros além da história que carrega consigo de uma Niterói que jamais veremos, descobri que em nome da Livraria doou 8mil livros para o Espaço de Memória Fluminense na Biblioteca Central da UFF, sendo hoje o maior acervo sobre a história do Rio de Janeiro. Sr Carlos Monaco ainda apresenta um programa no canal da UFF, Grupo Monaco de Cultura e Saúde as Terças-Feiras 15h ao vivo.


A Livraria ideal trabalha com livros usados de diversos assuntos, o preço das obras é a partir de R$10,00, porém percebi bons preços comparados a outros sebos.

Separei alguns. (veja a baixo)




                 (Carlos Monaco na Porta da Livraria Ideal)





Pintura Bizantina y Russa: R$35,00
Pinacoteca Caras: R$4,00

O mundo da Arte: O Renascimento: R$15,00 









Curso Completo de Fotografia. 2 Volumes: R$40,00
















[ Imagens: Rômulo Alcântara ]

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Coletivo muda na Capa da Página do Prosotro no Facebook

Nova imagem de Capa na página do Prosotro no Facebook é do Coletivo MUDA.



A cidade perde sua formosura e sua cor se houver apenas concreto, seu ar se perde sem as árvores que fazem o máximo para deixa-la sufocar com sua covarde poluição.
Uma expressão de arte urbana contagiante.


E a galera do Coletivo MUDA estampa a cidade com cores e arte. Uma intervenção que pode mudar o humor  e sentimento das pessoas que por ali passarem.



Vamos ver o que o MUDA diz sobre eles ?


Uma expressão de arte urbana contagiante.


Coletivo MUDA


Formado pelos designers Bruna Vieira e João Tolentino e pelos arquitetos Diego Uribbe, Duke Capellão e Rodrigo Kalache, o Coletivo MUDA é focado na experimentação e no desenvolvimento de arte, que tem como seu principal suporte a cidade. O grupo se dedica a instalações urbanas a partir de painéis compostos por módulos em revestimentos clássicos como azulejos e ladrilhos hidráulicos, combinados a uma estética gráfica contemporânea.

Os painéis são pensados especificamente para cada local, e cada módulo é cuidadosamente estudado para manter a harmonia total da composição. O grupo procura interferir no cotidiano da cidade e das pessoas que transitam por ela, contribuindo para tornar nosso espaço mais lúdico, diversificado e colorido.

MUDA atua como elemento integrador entre as pessoas e o ambiente urbano.

Ao longo deste primeiro ano de existência o grupo vem expandindo os materiais usados e os lugares de atuação, aplicando revestimentos de diferentes escalas pela cidade. O Coletivo MUDA tem instalações em diversos pontos da cidade do Rio de Janeiro, com destaque para Cinelândia, Carioca, Lagoa, Barra da Tijuca, Leblon, Arpoador, Santa Tereza e Gamboa. Recentemente em São Paulo na Vila Madalena e no Ibirapuera. Ao buscar prioritariamente espaços que estejam esquecidos ou desvalorizados, MUDA tem como proposta contribuir com a diversidade e revitalização da cidade e enriquecer a experiência do transeunte.

Em 2011, o Coletivo MUDA também participou do Art Rua, evento de arte urbana na cidade do Rio de Janeiro, e foi citado em inúmeras publicações impressas e digitais, com destaque para a matéria da Revista do do Jornal O Globo – 25 de setembro de 2011.


Edifício da Prefeitura de Niterói Balança

Edifício Histórico com característica modernista que abriga a Rodoviária Municipal Roberto Silveira e Secretárias Municipais e Estadual treme na tarde de Segunda-feira (16).
Chegando ao trabalho vejo uma concentração de pessoas, cheguei achar que pudesse ser concurso público ou um protesto,mas me aproximando não pude entrar no prédio devido a suspeita de que o prédio estivesse balando com risco de desabar.
 Com essa notícia liguei há um episódio que havia ocorrido comigo na semana passada. Ao levantar da cadeira senti um certo balanço como se eu estivesse tonto até então era comigo, mas outras pessoas sentiram a mesma coisa e hoje o edifício balançou mais forte do 7° (sétimo) ao 4° (quarto) andar.
 Peritos da defesa civil depois de analisarem o prédio inclusive o térreo na rodoviária liberaram o acesso com a informação de que "não há rachaduras comprometendo a estrutura do mesmo". Isso mesmo, nosso foi liberado e eu subi.
 No período em que esperei fora do prédio uma senhora passou revoltada exclamando que só tomam providência quando acontece com a prefeitura - ignorância dessa senhora pois é só discar 199 e chamar a defesa civil, mas segundo ela até para Brasilia havia ligado. - Essa senhora dizia que casas da Rua Barão do Amazonas na altura da Ponta da Areia estão tremendo e algumas já tem vidros quebrados e isso seria por conta de uma obra que o Porto de Niterói está realizando na Antiga Escola Superior da Polícia Militar, na Rua Feliciano Sodré.
Mas não foi só dessa senhora que ouvi o mesmo caso, um fotógrafo do jornal "A Tribuna" disse que já havia feito uma reportagem sobre casas sofrendo rachaduras naquela região e que inclusive a sede do jornal estaria sofrendo a mesma coisa e seria remanejada para outro local.

Então caras amigas e baratos amigos?
Essa área vem sofrendo um desenvolvimento muito grande, devido a ampliação do porto e dos estaleiro na Ponta da Areia, como disse anteriormente essa obra realmente pode estar gerando um impacto nessas construções, mas também a grande quantidade de veículos pesado como ônibus podem ser causadores ou até mesmo por está na rota dos Helicópteros da base AeroMaritima da Policia Militar.
E ainda o edifício passa por uma reforma na Sobreloja e no 2° pavimento, não sei se houve demolição de parede ou algo que comprometesse a estrutura do edifício, já que a defesa civil liberou o acesso.

Estou aqui em cima e por enquanto nada demais só "vup pra cá e vup pra lá".
Será que balança mais não cai Jorge ??



quinta-feira, 12 de abril de 2012

Niterói x Bicicletas

Falta educação! 

Não se espante se ao olhar para o lado ver um brasileiro nato cometendo brasileirice. Brasileirice, são aquelas atitudes que só brasileiros cometem, tipo: Furar fila, malocar o que é dos outros, parar em vaga proibida, parar com o carro sobre a faixa de pedestre e por aí vai.
Não é preconceito até porque sou também um brasileiro, é apenas a pura verdade.

A falta de educação infelizmente é comum em muitas cidades do Brasil, isso acarreta no não funcionamento correto de um sistema por exemplo de transporte eficiente.


Comecei o texto com essa critica pois o que irei dizer é um resultado dessa cultura brasileira que não larga do nosso pé.

 No post anterior falamos sobre cidades como Amsterdam e Bogotá, o uso dos espaços públicos e a bicicleta como meio de transporte. Hoje falarei sobre minha cidade, Niterói a cidade com o maior número de Classe A em proporção do Brasil e que já esteve no ranking de "a 4° cidade com melhor qualidade de vida do Brasil".
 Bom, tendo em vista um curriculum desses iremos todos acreditar que esta cidade sim é um exemplo para o pais, pois não, ela não é um exemplo, vejamos. Vimos que nessas cidades o governo não apenas disse que andar de bicicleta faz bem e que as pessoas precisam se socializar mais, precisavam entender que qualidade de vida não é andar num carro fechado excluindo todos os outros fatores, mas sim estudaram um método e chegaram a um resultado que precisavam fazer a cidade para as pessoas e não para os carros, assim facilitando qualquer acesso para pessoas mesmo que de bicicletas e distanciando ainda mais o acesso por carros, em Amsterdam os carros passam por fora da cidade não podendo percorrer por dentro do centro.
A diminuição de número de vagas é uma ótima iniciativa para as pessoas deixarem de usa-los. O que é preciso é não atender o crescimento do uso do automóvel.

 Diminuir vagas para carros e fechar ruas seria considerado loucura, mas pode ser a solução. Não basta pensarmos sempre em abrir ruas, dar mais espaço para carros, precisamos pisar no freio e estudar se essa é a melhor solução. Em Bogotá, Colômbia, o prefeito decidiu priorizar os espaços públicos para pessoas fazendo exatamente como citei acima, fechou ruas as transformando em ciclovias e passeios, o uso da bicicleta aumentou e a qualidade de vida melhorou.

 Mas em Niterói? Funcionaria?
 O então atual prefeito Jorge Roberto Silveira, contratou uma empresa para que fizesse uma "pesquisa" e um "estudo" de viabilização das CICLO FAIXAS em Niterói, logo depois de um tempo essas foram implantadas em alguns trechos da cidade, em algumas ruas apenas a indicação visual de que o espaço é destinado a ciclista já em outras há mesmo uma faixa com sinalização de "olho de gato".
Uma boa iniciativa até o ponto em que entendemos que além de implantar é preciso educar, conscientizar e punir. Tratar carros como prioridade e separar um "canto" para o ciclista não é solução, é preciso criar uma politica com base em estudos e comportamentos sociais, numa cidade que se entope cada vez mais com carros e edifícios o governo não pode se esconder com obras de campanha é preciso criar soluções para não entrar em colapso.
É preciso priorizar as pessoas, Niterói na região baixa tem um percurso médio a pé de um rio de 2km, isso é do centro da cidade até outros bairros vizinhos como, Icaraí, Fonseca, Santa Rosa, São Lourenço o cidadão andaria até 2km, isso é uma ótima característica para um sistema de transporte de bicicleta. Primeiramente é preciso que as pessoas junto ao governo se conscientize e respeite o ciclista para que esse sistema funcione, é preciso o entendimento das pessoas que a utilização desse veículo é mais saudável a saúde e a cidade.

Numa região como o Rio de Janeiro é sustentada a ideia de que ao usar esse tipo de transporte a pessoa se suje, sue e chega no seu destino em condições inapresentáveis.
Por isso defendo que o modelo de bicicleta elétrica deva ser incentivado principalmente na diminuição do preço, pois acaba não sendo vantagem para o usuário.


Não incentivar o uso de bicicletas em uma cidade como Niterói é uma atitude ignorante.
A reportagem acima conta casos de pessoas que tiveram seus veículos presos numa operação da Polícia por não possuírem carteira ACC que permite a condução de Veículos Ciclomotores.
Precisamos entender a diferença entre uma Bicicleta Elétrica e uma Scooter Elétrica.



Organizar um movimento popular da insegurança no trânsito contra os ciclistas e o apoio e incentivo do uso da bicicleta pelos cidadãos?
Exigir estacionamentos para bicicletas em setores públicos e comerciais?







segunda-feira, 9 de abril de 2012

Bicicleta deixou de ser utilitário de passeio ?

Coletivizar o Espaço Público quer dizer criar oportunidade para todos usarem aquele determinado espaço, acredito e rezo para que "aquele" se torne "todos".
Uma cidade em que todos os cidadãos, digo todos sem exceção consiga ir e vir a qualquer canto sem obstáculos ou depredações que impossibilite seu passeio, que utilizem espaços públicos de maneira diversificada de forma coletiva interagindo socialmente.
Hábitos hoje raros e quando visto julgados por esta sociedade separatista, vivemos de forma cada vez mais estranha nos separamos em caixas de metal e marcas que nos escondem, achamos que o "moderno" e o "chique" é viver no egoísmo.
Não irei fugir do foco deste post.
Bom quero falar sobre alternativas de transporte e seus usos, no caso a Bicicleta. Vamos ao objetivo.

Cidades como Amsterdam (Holanda) e Bogotá (Colômbia) viram na bicicleta uma alternativa para diminuir o problema de trânsito na cidade, o uso do automóvel para pequenas distâncias deixam um nó na cidade causando transtorno ao meio.
Um problema não só em questão de trânsito, mas social, tendo em vista que o uso individual do automóvel separa as pessoas e diminui o contato entre elas, a cidade passa a ser vivida pelos automóveis.
E não é para o automóvel que a cidade é feita e construída, são para pessoas, seres humanos e por isso o governo destas cidades suaram para conseguir que este veículo de passeio se transformasse no principal meio de transporte.

Amsterdam, umas das principais ações que levaram a diminuição do uso do automóvel foi ter priorizado o acesso por bicicletas e distanciando quem utiliza o automóvel, sendo assim as vias permitidas para carro passam por fora rodeando o centro urbano enquanto as ciclovias vão direto a cidade. As vagas para automóveis também foram diminuídas e criados novos estacionamentos para bicicletas, assim o sujeito encontra mais vantagem em sair de casa pedalando.
Nas escolas as crianças aprendem os sinais e como se comportar no trânsito quando estiver usando uma bicicleta.
O governo de Amsterdam conseguiu criar uma nova maneira de enxergar e usar a bicicleta, não só um meio de transporte e passeio, mas uma forma de ter contatos diretos com pessoas e usar a cidade de maneira vivenciada.

Na segunda parte desse post irei tratar sobre Niterói e suas ações no uso de bicicletas, já que é uma cidade que passa pelo crescimento do mercado imobiliário transformando-a em uma cidade caótica.

Veja nos vídeos a baixo o caso dessas duas cidades.












domingo, 8 de abril de 2012

Café Turnê - Primeira parada: Fabeni Caffè



Veja as Fotos do Primeiro Café Turnê que aconteceu na Cafeteria Fabeni Caffè localizada na Rua Gavião Peixoto 92, Beco do Príncipe.

Um lugar bacana de frente pra rua, se estiver com uma galera a cafeteria tem uma redonda que acomoda bem um grupo, além de mesas para quatro pessoas e duas pessoas.
No interior da cafeteria mesinhas e cadeiras de madeira para duas pessoas e no fundo um cantinho aconchegante com um sofá e uma pequena mesa.

O cardápio é Variado e os cafés, ah os cafés...
Provei o "Do Beni" um drink feito com Amarula, Café Expresso Duplo, Doce de Leite com Chantilly. Muito Bom!
O atendimento foi muito bom, durante o Café Turnê fomos atendidos pelo Benito e Rafaella, proprietários do Fabeni, possuem muito conhecimento com a bebida e seus tipos, o Benito ainda nos contou que cria receitas a base de café. 

Bom, não vou contar mais, pois estou preparando um espaço para o Café Turê onde irei montar um guia dos cafés visitados.
Mas desde de já Indico o Fabeni Caffè.

Do Beni


Do Beni













quarta-feira, 4 de abril de 2012

Nova Página Prosotro

Caras Senhoras e Baratos senhores passei por uns problemas com minha página antiga no facebook e tive que deleta-la e refazer outra. Espero que seja para melhor, pois realmente precisava.


A página nova já começa de cara nova (claro) e com postagem bem interessante e essa é a ideia para as próximas, trabalhar com conteúdos do dia-a-dia com postagens de experimentos e cobertura de assuntos diversos, a ideia é reunir no Prosotro conteúdos que façam a diferença. (ual!)
O endereço da nova página está aqui e é só clicar aqui no CURTIR!!! 
Segue a postagem:


Edifício dos Correios em Niterói ficando de Cara nova!


Que morador de Niterói e até do Rio de Janeiro não conhece essa fachada?
Edifício que abrigava a principal agência dos correis do Niterói hoje tombado pelo INEPAC já carrega uma história confusa na autoria do projeto Carlos Whers defende que Antônio Avancini foi o autor, Divaldo de Aguiar Lopez diz que Manoel Meira de Vasconcelos o  projetou.
E em 2006 as obras que aparentemente iriam ser iniciadas foram interrompidas em 2007 por que segundo os correios a empresa havia descumprido alguns termos técnicos e desde então ele ficou lá parado recebendo depredações do tempo e de vandalismo.

Mas hoje vemos outra cara, vemos esperança. A reforma deu inicio e todos nós "papas goiabas" esperamos pela reabertura desse belo monumento Arquitetônico.

O projeto traz um diferencial das tradicionais restaurações em que transformam o bem em uso cultural, o edifício vai abrigar, além da principal agência dos Correios da cidade, a gerência comercial regional de Niterói, São Gonçalo e municípios da Região dos Lagos. No segundo andar do prédio funcionará o Espaço Cultural Correios de Niterói, que receberá eventos culturais e contará com auditório e bistrô.

Coisa mais linda né?

Vou tentar buscar contatos e fazer uma cobertura dessa obra e postar prosotro vê!

Até gente.


[ Fonte: correios, globo, depac ]
[ imagem: ofluminense ]


segunda-feira, 26 de março de 2012

Café Turnê






Uma turnê. 



É exatamente isso, vamos sair em turnê conhecendo e buscando cafeterias em Niterói e provando seus cafés.A ideia é criar um guia de cafeterias baseado em experiência de pessoas comuns apaixonadas por café.
Além de conhecer novos lugares iremos conhecer novas pessoas e fazer novos contatos.
Vamos lá!!
Essa ideia partiu pela minha paixão por esta bebida e por tantas vezes ficar perdido em tentar achar um lugar bacana pra tomar um café.
Pensando nisso e no sentido social do café criei o Café Turnê e espero que as vocês participem. SimBora!!

Para participar basta Participar do Evento criado na página do Prosotro no Facebook.


Link da Página:


terça-feira, 20 de março de 2012

Do caixote a estante

Hoje dei continuidade a minha ideia de transformar um caixote de transporte de armas que consegui numa loja de, armas em uma estante para meus livros.
Bom o processo não é tão simples, pois o compensado maior serve como estrutura então eu precisei cerrar e deixar o que está preso para que a caixa não amoleça.

Hoje terminei de tirar o compensado e cerra-lo para aproveitar como prateleira, a moldura da frente ainda não foi encaixada será uma das ultimas coisas a se fazer pois preciso estruturar a prateleira para que não sofra flexão e quebre.

Da uma olhada nas fotos.


(como era)
(Vista superior)

(como está ficando)


segunda-feira, 19 de março de 2012

...

Eu gostaria de ter o dom ou pelo menos o talento para passar cenas de um cotidiano para uma tela ou aquele céu lindo de final de tarde com mistura de cores que não consigo nem mesmo explicar, mas não sei, por isso me subestimo com palavras e fotografias.

Os dias da minha vida correm e não sei ainda o que serei, mas sei o que quero ser. Como chegar lá ?
Paro as vezes na rua só para observar o movimento da cidade e como se comportam as pessoas passando uma pelas outras sem se conhecer.

Vejo um objetivo que pessoas comuns já conquistaram antes mesmo de completar vinte anos e eu com vinte e seis não cheguei perto. Fracasso ou não prioridade?

Quem nunca se sentou numa mesa de bar e no meio de uma conversa com os amigos parou e se perguntou
até quando serei esse ?
Pois é imagino que só eu.

Um artista não conseguiria ser um artista se vivesse cada dia como um advogado burocrático  vive e mesmo assim ele não se sente um perdedor pelo contrário, consegue ir além de uma burocracia social.

Sinto vontade de ter uma tela em branco na minha frente e um tabuleiro de tintas com cores variadas e pincéis e simplesmente rabiscar, sem pensar no que vai dar, só rabiscar, por pra fora aquilo que guardo sem querer ou só por medo de jogar. Ah como é aliviador só de pensar, "slash" e a tinta se esparrama pela tela, misturar as cores sem se preocupar com o feio e com o belo, padrões que nos arrasam.

Achar que preciso me moldar a uma categoria ou a uns comportamentos repetidos,sim é isso essa sociedade de comportamentos repetidos.

Agora mesmo escrevo este texto com uma liberdade que não sentia nos outros, pois só tenho em minhas mãos um papel e uma caneta, não vejo um "auto-save" registrando a hora da edição nem uma "auto-correção" sinalizando meus erros de português.

Nunca liguei pra nota que iria receber nas provas da faculdade nem pelo o que as pessoas iriam achar dela, pois sei o que aprendi - oque é mais importante - e não como consigo mostrar isso.
O que quero dizer é que meu conhecimento não pode ser avaliado por dez questões teóricas.

Minha vida não será avaliada por uma prova depois que sair da faculdade. Não vou responder a dez questões para encontrar a pessoa que se casará comigo e ficará a vida toda ao meu lado, não responderei a essas questões quando for fechar um contrato de trabalho.

Quem dera se houvesse uma prova que no final das minhas respostas me dissesse quem serei.
Eu queria estar falando de coisas engraçadas e sei lá mais o que, mas não da para escrever sem tinta e agora consigo um pouco mais para continuar.

Não deixe seu tempo passar sem você tentar descobrir quem quer ser ou quem será.
Se já sabe ou descobrir me conte como chegou lá.

[ texto escrito na madrugada de Domingo (18/03) para Segunda (19/03)

terça-feira, 6 de março de 2012

Estratégia do Cotidiano

Crônica
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(Imagem de kyle Smart)


Vento ventania. Deem lugar à senhora indefesa cheia de pesadas sacolas que lança aquele olhar de cansada, educadamente nada contra sua vontade você cede carinhosamente o lugar.

Tracem seus planos estratégicos para sair de casa, regularize os melhores horários para não entrar no caos de um belo coletivo lotado, um sol que lhe racha a cara, para não esbarrar com o porteiro mala que lhe pára para prosear quando você está atrasado. 

Planejem-se caras amigas, criem estratégias do cotidiano baratos amigos, os dias de hoje exigem alto grau de competência. 

Não esqueça do horário em que aquele raro coletivo com ar condicionado passa no seu ponto, não deixe de reparar o horário de saída das escolas com vans de transporte, sim essas que ocupam toda a rua, justo a rua em que você passa - não tem como fugirmos delas.

Trace seu roteiro, escolha bem o restaurante que for almoçar para que não tenha um desagradável almoço, naquele que o garçom mais parece um mecânico as mesas com toalhas xadrez de listras vermelhas, cobertas por um plástico transparente que gruda nos nossos braços. A tia que sai da cozinha suando e lhe pede "licença" para abastecer o serve-service. 

Saiba sem erros onde estão todos os bancos de sua cidade e qual é aquele que pode fazer você esperar menos de confortáveis quinze minutos numa cadeira assistindo Mulheres de Areia.

Não aconselho imprimir seus planos, vai que mulamente não grampeou as folhas e um vento lhe pega de supetão e leva suas folhas, você não vai querer sair correndo pela calçada atras delas.

E cuidado, ser um sujeito hitech pode lhe custar caro, não salve em seu Palm ou Tablet o pdf das suas estratégias do cotidiano. O melhor a se fazer e gravar na caixola. 

Tirar fotos com seu Smartphone de tudo que vê não é legal, reserve isso para quando Sr. Antônio Bandeiras topar de frente com você ou quando aquela linda Ferrari Califórnia 2012 roncar no sinal em que espera fechar.

Se houvesse os dez mandamentos da Estratégia do Cotidiano uma delas seria: Não ache que será Whoopi Goldberg em Corina, uma Babá Perfeita e assoprará o semáforo e ele se abrirá. Não! Você precisa esperar!

Seja o Chuck Norris da Estratégia do Cotidiano.

Perdoe esse cronista do cotidiano com suas idéias indelicadas de um cotidiano perturbado, as mazelas desse cara que chora a cada calça apertada que veste, ou a cada carro que xinga quando lhe avança o "sinal", que declara injurias de ódio para o motorista do ônibus que não para no ponto, mas admira o trabalho do guarda de trânsito que, de pé rege com apito na boca o turbulento trânsito sobre ele o doloroso sol na nuca.

Sente-se senhora, por favor...


segunda-feira, 5 de março de 2012

A voz de um povo calado

fonte da imagem: www.territoriogoncalense.com/


Fulanos, sicranos e beltranos, prestem atenção porque somos todos, fulanos, sicranos e beltranos.
Misturados andamos como formigas, rápido e aparentemente sem rumo, somos como uma manada de boi embarcando num barco que nos carrega para o outro lado.

Somos desconhecidos de conhecidos, somos como personagens de game, figurantes de uma fase.
Coadjuvantemente é aquele com os braços abertos no alto de um morro, esse sabemos o nome e onde mora.

Tento me desembolar em palavras, apagando e escrevendo, apagando e escrevendo, já teria eu folhas e folhas rasgadas e o som de pedras jogadas ao chão, se esse delicado teclado de plástico fosse como o de uma máquina datilografa.

Tudo isso para dizer que agimos no dia-a-dia como observadores tapados, como os burros e cavalos usamos aquelas viseiras que nos fazem olhar apenas para frente, sem enxergar o que acontece ao nosso lado, para que não nos assustemos e mudemos nossos comportamentos.

Uns bons senhores e senhoras egoístas, cravados por uma ilusão de poderosos consumidores de "made in", ilusionados por um sonho consumista.

Ensinados a não reagir, nos importamos com o que é falado nas cenas de novela e a calar-se diante de uma agressão politico-social e a criticar quem a protesta.

Esse pais viveu a ditadura militar incentivada por um governo líder mundial, não vou me desviar a explicar o que seria uma ditadura, aos que não conhece imagine que pelo nome, seja algo que impõe, ditador.

Em tempos de céus nublados por uma ditadura tivemos uma sociedade calada, os contos de presos políticos e protestos são de poucos atores, já naquele tempo, muitos pensavam "o que vou fazer lá?", mas não era uma conformidade e sim ocultação de opinião. Talvez por medo.

Hoje, um pais "conquistador" de sua democracia vive a mais clara ditadura, somos ensinados a aceitar aquilo que é imposto pelo nosso próprio governo e seus aliados. Protestos são combatidos como crimes e as repressões são rigorosas.

Mas essa sociedade que se cala? De tantos que são atingidos, por quê poucos se ferem?
Porque estes morrem calados.

Julgadores, são aqueles que passam por um que protesta jogando sobre ele um olhar de superioridade e "não tenho tempo pra isso", como se a causa fosse para um só.

A cena do sujeito engravatado que não levantaria a voz em grito de protesto para não chamar atenção dos outros que agem tal como. Ele prefere aceitar.

A cena da jovem incrementada de futilidades que, "tuita" - uma confusão aqui, não sei o que é? um monte de gente. Credo. Interessada apenas no estoque intocável da sua loja "Made in".

Credores e pagantes cidadãos brasileiros, suspendamos a bandeira do brado retumbante e mostremos quem é o povo heroico.

Honremos aqueles irmãos de pátria que em estado de miséria são escondidos para aparecermos diante da platéia global.

A bandeira não sobe com o peso da vergonha de protestar, ela deve ser lavada com a "cara e a coragem".

Caras senhoras e baratos senhores, não a pastor sem rebanhos, não há comício sem platéia.
O povo tem a força só precisa se unir. Repasse a seus amigos o "tapa na cara da realidade".

E assim, o teu futuro espelha essa grandeza...


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Se essa porra não virar, eu pulo!

Crônica


[ NÃO ENCONTREI IMAGEM QUE RETRATASSE ISSO.]


Quebraram os portões do bom senso, corram para o lado do mar para que se o fogo começar se jogem no mar.

É caras senhoras e baratos senhores, o Carnaval acabou e as lembranças serão aguçadas em nossas mentes carnavalescas.

O sujeito irá lembrar até a próxima sexta-feira de carnaval de como foi bom ou trágico o seu carnaval 2012.

No Rio mais uma vez o exemplo de bons blocos, bonitas mulheres e bons homens comportados, não chego a dizer que foram cem porcento, mas que deu pra não se preocupar.

Em Cabo Frio, uma cena horripilante de "trio elétrico" que exalava "funk" de suas poderosas caixas de som puxando foliões enfurecidos, todos pareciam iguais, idênticos.

Marombados tatuados com carpas e orientais, com cordões que mais pareciam coleiras dançando o mesmo funk que todos em frente a seus carros populares com o som ocupando toda a mala.

Mas é aquilo "me diga com quem andas, que lhe direi quem és.", não meu senhor não serei um deles e por isso não andarei com eles, mas a cada esquina eles estavam lá, prontos para agarrar um pescoço ou braço feminino.

Não zombem das senhoritas de abadás nem mesmo das mais novinhas que andam de uma ponta a outra da praia como se houvesse um objetivo daquela passeata se não fosse beijar na boca, mas elas fingem bem a até parece estar ali no meio da muvuca procurando um bom lugar para assentar sua santidade.

Mas bom é aquela família que com seu Ford Scort 86 vistoriado viaja de Caxias à Cabo Frio, com as crianças, a esposa e claro, com a: prima, tia, sogra, primo, irmão, vizinho, amigo do filho, amiga da filha e sim o cachorro que não tem mais com quem ficar. - Ufa.

Essa família, essa sim completa tudo aquilo que você mais precisa ver num carnaval. O pagode na areia da praia que um dia foi luxo.

Dentro de casa, o cidadão esqueceu de comprar seu sabonete, agora vai precisar retirar pelos pubianos daquela coisa que mais parece gomas empilhadas e molhadas.

Foi um dos últimos a chegar na casa e pegou a última corda do varal - sim aquela que não bate sol -
O rapaz contente e ansioso com certeza dormirá no sofá ou provavelmente o colchão mofado e esqueça não dormirá com sua senhora e torça para ter TV acabo, pois senão contente-se com a InterTV.

Para dar tchau a essa crônica lembro-me daquele trabalhador de Olaria que tão eufórico vai a praia sem filtro solar e se hidrata na cerveja, a noite o sujeito não se aguenta de tão ardido que está e tasca pasta d'água, fica aquela coisa linda com um sorriso de ponta a ponta, inventando explicações sobre o fato.


Porra, mas se essa porra não virar, eu pulo!


quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

ah...O Elevador

Crônica


Fonte da imagem: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEik7f9OVc_Loh9aL0m0bahxGqd2_L9-6XTZHgBS9nOaDX-6fPguFwzvQa9MJ7C0TGcndIAxyritav92HB-TOOJWAe2efamgYnqcric5ICcAlfQKzon2_rxISF-XCllr_BORG4ti3N5bsgk/s400/elevador.jpg



Não se acanhem em confessar senhoras e senhores, há sim um transporte rápido e descente no seu dia-a-dia, nesse seu árduo cotidiano urbano. O elevador.
O elevador é um dos trasportes mais usado diariamente por nós seres humanos, seres sociais que adoramos o calor humano, este é também um dos transporte coletivo de maior proximidade entre as pessoas, fora aquele metrô imprensado que só falta soltar as pregas de sua lataria metálica e também aquele "buzão" que um peso a mais, o chão vai ao chão.
Mas o bondoso elevador, não, ele se limita a sete pessoas e é de sete em sete que esta tão prestativa máquina guarda história pra contar, um cenário comum nas cidades com personagens diferentes a cada viajem até mesmo dos majestosos acessoristas.

Hoje Quarta-feira é um dos dias mais animado dos elevadores da vida, onde você ou aquele office-boy contente, mesmo ganhando um salário mínimo, comenta que o flamengo estréia na libertadores mas logo é contestado pelo simpático acessorista que diz que o flamengo não tem lá um time bom, uma discussão que abafa o olhar da senhora retraída no canto com olhar indiferente ansiosa para chegar ao seu andar, justo é o senhor de paletó que se espreme entre outros com seus documentos importantes não deixando passar seu pensamento quase alto, "que horas é o jogo do vasco mesmo?".

Não se acanhe senhoras e senhoras de confessar que uma viagem de elevador pode decidir o humor do seu dia, há aqueles ofice-boys no auge da adolescência que fazem de cada viagem uma aventura decidindo viajar no elevador que aquela secretária mais formosa e gosta for, seus olhares são câmeras que irá revelar aquela formosura mais tarde.

Elevador pronto pra partir com os murmúrios ao fundo e a cara desanimada do acessorista que não se difere de alguns passageiros quando de repente, "sobe!!" um gordinho engravatado, desajeitado e suado vem correndo em direção ao majestoso elevador, um "rã" e logo um "obrigado" saem no momento em que apavora todos os outros companheiros de viagem com seus "com licença..com licença", lá se vai mais um, "subindo...".

Não se acanhem senhoras e senhoras de socializar nesse simpático transporte que nos acompanha há séculos, não deixem de cumprimentar seu chefe fechado, nem mesmo a figura desconhecida que esbarra todos os dias dizendo "sétimo por favor.", crie uma relação com os personagens dessa caixa mágica que ao abrir a porta lhe deixa nas alturas ou nas profundezas.
Ah se me houvesse mais linhas.

Sobe...

domingo, 12 de fevereiro de 2012

"É nós"



"É nós"
Um linguajar popular como pacto de união, "é nós!" simboliza a parceria de manos, brother, irmãos e parceiros, uma comunidade unida, um código popular de parceria.
Em entidades secretas que reúnem homens de força ou dá força a homens, seus códigos internos e também secretos são imbatíveis na união e parcerias entre eles, os unem e unidos são mais fortes, juntos movem sociedades.
Mas claro, o número de homens com códigos secretos não chegam perto do número de homens de códigos populares.
Mas até onde o "é nós" é nós?
Até aonde vai o é nós popular, até aonde o popular se faz presente em união?

Já vinha me perguntando durante a semana sobre o quesito "a união faz a força", somos exemplos de desunião popular, somos capazes se sentirmos vergonha de protestar e não me diga que protestou no facebook.
Se juntarmos cada mano, brother, parceiro e disséssemos pra valer "é nós" seriamos a maior entidade do mundo, de poderes maior do que qualquer empresário, político ou qualquer governo.

Comprimente na rua com "é nós" e diga: Somos nós!




sábado, 11 de fevereiro de 2012

Homens-Lobo, mulheres-vampiras

Crônica

Imagem: Arquivo Pessoal


Do uivo seco da fera...

Lobisomem é uma criatura que surge em noite de lua cheia, uma maldição que o homem carrega, lenda que aterroriza mocinhas indefesas. Quando nasce a lua cheia suas luzes fortes clareiam a escuridão, os bravos homens se contorcem para libertar a fera que há dentro de si, como na famosa cena da sombra de um lobisomem entre as árvores uivando para o céu enluarado preparado para ir a caça.

 Caros senhores e senhoritas e por quê não senhoras, há uma lua cheia na última sexta-feira antes da semana da festa carnal, hoje haverão uivos dos lobos ferozes que há dentro dos homens comuns de cotidiano previsível, homens que durante todo o ano seguram seu instinto selvagem dentro de si acumulando desejos e fantasias, uma fera carregada de tesão.

Hoje esses lobos saíram, homens se transformarão em feras preparadas para a caça, haverá roupas masculinas rasgadas pelo chão e pelos bares dessa cidade.
Cuidado moças, eles são perigosos e ágeis, duro na queda do "não", seu faro e sua visão são aprimorados e aguçados a cada ano, suas garras afiadas, seus pelos aparados exalando testosterona, damas não saiam de casa.

 Mas para toda fera há um predador, uma raça superior...Caros lobos recolham suas garras e afiem suas defesas, pois os tempos mudaram e nossas mocinhas indefesas se transformaram em vampiras, criatura de atitude e de grande inteligência capaz de domar qualquer lobinho, hipnotizar os machos lobos ferozes com seus cheiros e curvas suaves agressoras.
Criaturas que recolhiam as botas dos seus senhores hoje são perigosas caçadoras, maliciosas e devoradoras do "caráter" masculino.
Corram lobinhos...corram.

 Nós lobos de instinto selvagens nos enchemos de bravura e orgulho quando conquistamos a presa, mas tolos somos, pois essas tão superiores criaturas que são,  nos caçaram primeiro com sua sedução e beleza.

 Não existem mais lobos de verdades tampouco vampiras verdadeiras, na arte de amar o pintor já não usa aquarelas, a beleza do "hoje não" deixou lugar para o "agora!". Caçar já não é a mesma coisa quando não se é o rei dos predadores, talvez nunca tenhamos sido.
Elas, criaturas superiores reconhecem nossa fragilidade egocentrica e nos dá antes do abate o prazer de "nos acharmos".

 Uivem lobos famintos, uivem...

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Série - Boardwalk Empire

Retratar o passado e talvez aprender com ele.

Boardwalk Empire, um série de Terence Winter que retrata com ficção e fatos reais os anos 20 ou "Loucos anos vinte" nos Estados Unidos, Atlantic City.
Conta a história de gangster como Al Capone, Nuck Thompsom ( Nuck Johnson ) e Lucky Luciano, que brigam pelo seu espaço e seus negócios de contrabando.

Mas muito mais do que isso.

De fato essa série me abriu a memória para essas histórias de Gangster e assim como os famosos "anos 20" que não se passou apenas em cidades Americanas, mas também em Londres, Paris e Berlim, uma época de mudanças e surgimentos como o Jazz, Walt Disney e conquistas como o direito ao voto das mulheres.
Nesse período pós-guerra, para conter problemas sociais o governo dos Estados Unidos vigora a lei de proibição ao Álcool, chamada de "Lei Seca".
Esse acontecimento cooperou para o surgimento do Crime Organizado entre: Chicago, Nova Iorque, Nova
Jersey.
Essa década é interessante como já disse por marcar fatos importantes, o capitalismo começou seu império e a sociedade a se destruir em consumismo.
A economia crescia, pessoas podiam comprar mesmo não tendo dinheiro, grandes metrópoles como Nova Iorque começam a crescer e a população rural começa a diminuir.
Anos depois acontecimentos como "A bolha" aparecem como efeito colateral.

De fato,uma década que hoje vemos com mais clareza, que consigo enxergar o motivo das guerras.

Vale conferir essa série da HBO.



Fonte da imagem: (facebook.com/boardwalkempire)


quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Verão x Trabalhador

Um dia tem tudo para ser bom ou ruim e não é você quem vai decidir isso, pode até tentar contar até dez depois de alguma coisa que lhe irritou ou deixou desconfortável, mas a probabilidade de não dar certo é grande.

E as coisas podem piorar se for um dia daqueles com muito calor, clima abafado, seu corpo suado sem muito esforço e ainda precisar vestir o uniforme do costume social; calça, camisa e sapato, andar na rua com aquela sensação de estar num grande caldeirão, até pegar o ônibus, que na maioria não tem ar condicionado, a situação aperta minha gente. Seu rosto quente pinga suor, seu perfume desaparece em meios ha tantos outros cheiros dentro do coletivo amarrotado, os ferros de apoio melados não lhe dão outra alternativa, o que fazer? Rezar para que chegue logo seu destino.

Nessas horas o sujeito só consegue pensar em três coisas: Água gelada, Ar condicionado e que não entre um funkeiro com o "radinho". Já não é tormento demais estar de pé e vem aquela senhora gorda passando e você ter que se jogar sobre a pessoa sentada, roçando sem intenção nenhuma suas partes baixas na pobre pessoa. "O que vai pensar de mim?". Não esqueça do "Foda-se" ou "não tenho culpa", para as mulheres é mais complicado, claro, tendo que se jogar no cidadão, o que ele pensaria dela? Nada, e sim "com ela". Triste história.

Não perca tempo achando que ao descer desse coletivo se livrará das mazelas do dia, não desmorone ao chão quando a carga dos raios solares baterem em sua cabeça, calma chegará ao seu destino, não diga boa tarde ao Gari que lhe cumprimenta, balance apenas a cabeça como gesto de simpatia, se esconda na sombra do semáforo e reze para que logo ele feche.

Não acenda aquele cigarro, não quer trabalhar enzimado por um tabaco, espere o café da tarde.
Finalmente ao chegar ao hall do seu luxuoso trabalho que possui um ar condicionado, tentará esquecer tudo o que passou e fazer do seu dia o melhor, mas lembrará que ainda não acabou depois de entrar no elevador. O elevador é um espaço social mais apertado e desconfortável que existe e com sempre os mesmos assuntos: futebol, clima, novela ou fofoca.

Não se prenda a marcar presença na sua sala assim que chegar, lembre-se que há um filtro de água gelada na copa, corra até lá e se delicie com o líquido que pode fazer do seu dia um dia melhor.

Pronto agora você começa a ser um ser mais confortável pronto para decidir se será um bom ou péssimo dia, para isso amigos e amigas, não abra o site Globo.com de cara, ele lhe fará mal, pois sempre tem uma foto de alguma celebridade pegando um sol na praia e uma tragédia na coluna de notícias. Não há nada pior que isso.

Concentre-se no ar condicionado e lembre-se que terá de seis a oito horas com ele, seu grande companheiro de verão.

Então como será seu dia ?

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Uma bela, três amigos e uma moça

Crônica


Numa mesa de bar a noite numa praça movimentada senta-se a nossa mesa um sujeito cabeludo, sujeito amigo como de longas datas, no fundo sem se esperar mais sussurrava um samba.
Em prosa discutíamos o estado decadente da qualidade da televisão brasileira, uma prosa boa e interessante.
Um sujeito amigo, uma doce e bela namorada e agora um leve gordinho engraçado, sujeito camarada que tem como grande paixão o samba.
Como se já não fosse demais, eu, homem apaixonado e fora de forma, porém de rosto másculo e pintoso percebo da mesa vizinha um olhar feminino que chamara a atenção, logo penso se não seria eu que como um bom aprendiz de gordo, "que gordisse cometi"?
Nada mais que justo senhor.
Não eram minhas gordisses, era apenas a singela beleza de um casal que chamara a atenção de uma moça loura de olhar leve, ela desejava que sua solidão e carência se transformassem um dia naquela cena.
Não nego que por um momento achei que meu rosto másculo e pintoso fosse o motivo dos olhares.
Ah se houvesse um sambista moderno que soubesse traduzir o que elas, damas encalhadas sentem.
Damas honestas de bom timbre, formosuras e simpatias gratuitas ou até algumas de tantos maus tratos, raivosas com medo do futuro.
Damas que esquecidas são vistas como possibilidades, mas que na verdade gostariam de ser vistas como o capítulo final de uma história avassaladora.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Ser e não ser

Ser e não ser



Não escrevo tampouco soletro

Meu diagrama não chega a estrofes

Ora se não serei escritor poderei ser Matemático

Mas de matemática também nada sei

Para músico é preciso dom e talento

Se dom eu tenho ainda não descobri

Talento descartei depois de arrebentar a corda da viola

E se talvez deus sem inspiração me jogou no mundo?

Se pra morrer fosse preciso ter profissão, eu seria um ancião

De escritor a artista de matemático a piloto

Desista.

Se ditado valesse a pena seguir, seria eu um poeta.

“Quem canta seus males espanta.”

“Quem rir por ultimo ri melhor.”

“Os últimos serão os primeiros.”

Seria eu então um ditador?

Pode até ser,

Mas agora chega, pois

“Quem não chora não mama.”



Ainda sem Título, Talvez "Sofia"


Este é um conto que comecei a escrever mas parei pois achei que não estava bom e por isso não consegui manter o diálogo.
Então uns amigos do facebook deram a ideia de postar e colher ajuda para o desarranjo desse Romance.

Comente sua opinião é importante!



Nenhum homem daquele bar iria rejeitar um olhar a uma mulher como Sofia, uma beleza rude com traços deliciados e volumes bem ousados, seus cabelos castanhos escuros compridos bem feitos deixava rastros de invejas pelas mulheres, os homens caiam-se com o cheiro de sua colônia, seu olhar castanho não desmentia a mulher de personalidade que era Sofia.
Mas sua beleza e vaidade escondiam a mulher sensível de comportamentos e pensamentos maduros, uma jóia rara de nenhuma vulgaridade, filha de comerciantes era como dito um diamante, morava sozinha em um apartamento na Glória, uma jornalista empenhada que além dos encontros com os amigos no bar na sexta-feira não dividia seu tempo com a boemia carioca.

A caminho do “charmoso bairro da Glória”, nos apertados bondes cariocas às dezoito horas da noite Sofia concentrada na leitura de um livro deixa escapar um pensamento alto.

- Já começamos o egoísmo e ignorância no iluminismo.

- Talvez haja razões para o homem se justificar das suas ações.

Sofia nunca ouvira aquela voz que via ao pé dos seus ouvidos, em um leve giro ela olha para trás pergunta ao jovem rapaz.

- Como?

Sem graça, porém confiante o rapaz não hesita a responder a bela moça.

- sem crença não há fé, sem propósito não há motivação, precisamos de uma sociedade motivada e controlada pela crença, mas que acima de tudo tenha liberdade. Não vejo egoísmo muito menos ignorância, senhorita.

Talvez fosse a hora de pedir desculpas por se intrometer na leitura da senhorita, mas o rapaz encorajado, continuou.

- Bartholdy, Francisco Bartholdy.

- Sofia.
Francisco Bartholdy, um jovem advogado charmoso sem muitas ambições que morava com os pais, portugueses que residiam na zona sul carioca, ao contrario de Sofia o jovem Bartholdy gostava da boemia carioca, freqüentador de cafés e samba na Lapa.
Sofia ignorando o rapaz intrometido e abusado, virou-se e voltou a se concentrar em sua leitura.

- Montesquieu? É entendo seu ar de revolta.

Sofia ainda sem dar atenção ao rapaz que começara a ficar sem jeito por estarem todos os viajantes o olhando, continua lendo, porém sem qualquer atenção ao que lera, não era por menos, sofria uma abordagem direta e inesperada de alguém que nunca havia ouvido falar.
Desceu em seu ponto e até chegar em casa não admitia tanta ousadia, mas logo não passou de um acontecimento esquecido depois que viu “lupo”, seu gato de estimação por quem doava todo seu carinho.

Semanas se passaram até que numa sexta-feira de um quente verão num bar de samba na Lapa, com os amigos de trabalho que contavam estórias e “papos furados” Sofia esbarra e deixa cair seu copo de Martini, molhada e enfurecida a jovem jornalista ao olhar o desastrado que derrubara seu Martini, Sofia lembrando daquele rosto jovem e bonito ameaça a reclamar, mas convencida de que o melhor seria virar-se e ignorando o acontecido voltar a mesa. Bufando suavemente dar-lhe as costas retornando a sua mesa, logo o rapaz a indaga.

- A iluminista revoltada?
Sem perder a educação e cordialidade, Sofia responde com ar áspero e desanimado.

- Não.

- Desculpe se pareci invasivo, não foi minha intenção, mas como pedido de desculpas pela invasão e pelo Martini peço que aceite que lhe pague uma bebida.

Por mais dura que quisesse ser ou demonstrar Sofia não poderia recusar a cordialidade do jovem. Bartholdy se juntou a mesa de Sofia e seus amigos e vê a chance de começar do zero aquilo que pra ela tinha começado com desastre.
Conversavam sobre suas profissões e claro o desfeche do assunto no bonde, Sofia ainda fechada aos encantos do rapaz não lhe dava sorrisos, mesmo com as boas piadas do jovem que faziam todos da mesa rir e afirmar.

- Onde escondia esse seu amigo Sofia?
Sofia não tinha o que responder já que nem ela mesma conhecia o jovem rapaz que encantara seus amigos.