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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Sem você...

Sem você.

A cabeça ferve
o coração aperta
a pele esfria
o ânimo encontra o desânimo
a saudade confunde a certeza
os ouvidos clamam pelo timbre da sua voz.

Um abraço
um suspiro
um olhar, nem que seja de brava
um carinho, ah um carinho....

De todas, eu só quero uma
de uma eu quero tudo
mesmo assim o tudo é nada
Pois o tudo? é pouco.

Chega meu bem
Chega logo trem, apite!
Saia já daí lua
Deixe o sol chegar
Minha vontade de ser teu, já não sabe esperar.

Diga-me: sim
Diga-me: aceito
ou epenas me ame.
Mas venha....
venha logo.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Dia do homem ?


Hoje é um dia especial, o dia da criatura responsável pela evolução do mundo. (¬¬) Criatura essa que vem envergonhando a sua própria espécie, que vem se desviando da raiz do verdadeiro homem-macho.
Hoje somos um animal dividido em várias espécies e pra explicar isso...
Que me perdoe o cronista, mas irei postar um capitulo do livro do saudoso Xico sá,
Chabadabadá: Aventuras e desventuras do macho perdido e da fêmea que se acha. Xico Sá, Record 2009

Sobre Tipinhos Contemporâneos da mais Alta periculosidade


Tudo bem, bravas fêmeas, os homens são todos iguais, blá-blá-blá etc.
Alguns, no entanto, são bem mais perigosos que outros. Em mais um serviço de utilidade pública, este cronista de costumes expõe os tipinhos contemporâneos da mais alta periculosidade.
Muito prazer, Homem-bouquet. Sim, é aquele macho que entende de vinhos finos, abre a garrafa, cheira a rolha, balança na taça, sente o bouquet da bebida dos deuses. O tipinho não perde um programa especializado na tevê, entra em sites franceses do gênero, reúne os amigos para encher o saco com o tal bouquet, o sabor e o aroma amadeirado etc.
Mais uma uma advertência: o mesmo elemento costuma apreciar também o que ele chama de "um bom jazz", uma "MPB de qualidade"...Corra, Lola, corra de criaturas desse naipe. Esse camarada é frutado!
Homem que entende e gosta mesmo de vinho não sai arrotando conhecimentos por aí, simplismente aprecia e faz sua companhia apreciar sem arrogância ou jequice alguma.
Mesmo as heroínas que conseguem escapar do "In vino picaretas" dificilmente escaparão da arapuca do inominável desqualificado Homem-hortinha. Trata-se do distinto mancebo que, ao receber as moças elegantemente para um jantar, usa o manjericão cultivado na própria hortinha que mantém no quintal ou na área de serviço. Cultivar o próprio manjericão não é exatamente o defeito do rapaz. O problema é que ele passa duas horas a discorrer sobre o cultivo da hortinha, os cuidados, o zelo, samba de um tempero só, degustação ao pé do saco.
Uma amiga, Ty, coitada, conheceu um destes exemplares que cultivava até a própria minhoca usada como "fator adubante" da própria hortinha. Corra, Lola, corra mesmo, corra léguas, eis um tipo irrecuperável.
Com o Homem-Omega 3 não carecemos cozinhar tanto o juízo, não representa lá, sejamos generosos, grandes dramas para a humanidade. É simplesmente um sujeito doente, com alguma cota de paranoia, que tenta pregar a causa da vida saudável, como se isso fosse pelo menos 10% possível.
Preocupado em combater os radicias livres, o elemento enche imoderadamente o saco dos que enchem a cara. É o tipo do macho que costuma morrer cedo, mas cheio de saúde, uma beleza, com todas as células empenhadíssimas em retardar o envelhecimento.
Todo politicamente correto, benza-te Deus, o Homem-ONG, ou Homus-oenegê, é o que há de mais maçante nesse mundão sem porteira. Adora um abaixo -assinado, uma passeata, põe nariz de palhaço a cada cinco linhas que lê do noticiário e está sempre morto de decepcionado com o governo, qualquer governo, mesmo que a sua entidade não governamental encha as burras, lave a égua no brejal mais público. Sim, ele acredita na humanidade, na responsabilidade social, no terceiro setor, na arte como redenção dos pobres...Se você reparar, leitora do meu coração, ele quase levita, de tão puro, de tão bom. Some, Lola, some que é roubada-mor.

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Beijo do gordo!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Quem esta aí?

Ouvi de um homem muito inteligente que poema não se explica e sim, é recitado.
Não há do que me explicar neste poema, nem mesmo quero que leia. Quero até que amanha ele seja equivocado.


Quem está aí?

Puta Merda, ô coarção pare de doer, de dar pontadas!
O que afinal esta havendo? Que aperto é este? Saudades?
Mas queria eu saber da impaciência e ansiedade que sinto.
Queria eu saber o diagnóstico do futuro e não mais chorar, apenas sorrir.

O ar da saudade ja me confunde com o ar da desilusão,
Já não sei mais o que é. Pecador poderei ser por blasfemar contra teu amor.
Soe em meus ouvidos a verdade dos teus sentimentos.
Desperte meus olhos para o brilho dos teus.
Se já não ouço é porque estou cego e não foi por acidente, é culpa da paixão!

De tudo que senti a incerteza é a pior das sensações
A falta do desejado é o pior da esperança
A distância do próximo é a pior da ansiedade
Enxergar e não conseguir ver é o pior da necessidade
Ter e não sentir é o pior da carência.

Não encalhe no silêncio, não se amarre na solitária interior.
Pra que ocultar quem você é? Não mostrar ao mundo ou pelo menos a mim?
Do que seria o gosto do chocolate se não fosse tão desacanhado?
Desabroche Gira-sol! Estou aqui!

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Rômulo Alcântara
(12/07/11)