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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Se essa porra não virar, eu pulo!

Crônica


[ NÃO ENCONTREI IMAGEM QUE RETRATASSE ISSO.]


Quebraram os portões do bom senso, corram para o lado do mar para que se o fogo começar se jogem no mar.

É caras senhoras e baratos senhores, o Carnaval acabou e as lembranças serão aguçadas em nossas mentes carnavalescas.

O sujeito irá lembrar até a próxima sexta-feira de carnaval de como foi bom ou trágico o seu carnaval 2012.

No Rio mais uma vez o exemplo de bons blocos, bonitas mulheres e bons homens comportados, não chego a dizer que foram cem porcento, mas que deu pra não se preocupar.

Em Cabo Frio, uma cena horripilante de "trio elétrico" que exalava "funk" de suas poderosas caixas de som puxando foliões enfurecidos, todos pareciam iguais, idênticos.

Marombados tatuados com carpas e orientais, com cordões que mais pareciam coleiras dançando o mesmo funk que todos em frente a seus carros populares com o som ocupando toda a mala.

Mas é aquilo "me diga com quem andas, que lhe direi quem és.", não meu senhor não serei um deles e por isso não andarei com eles, mas a cada esquina eles estavam lá, prontos para agarrar um pescoço ou braço feminino.

Não zombem das senhoritas de abadás nem mesmo das mais novinhas que andam de uma ponta a outra da praia como se houvesse um objetivo daquela passeata se não fosse beijar na boca, mas elas fingem bem a até parece estar ali no meio da muvuca procurando um bom lugar para assentar sua santidade.

Mas bom é aquela família que com seu Ford Scort 86 vistoriado viaja de Caxias à Cabo Frio, com as crianças, a esposa e claro, com a: prima, tia, sogra, primo, irmão, vizinho, amigo do filho, amiga da filha e sim o cachorro que não tem mais com quem ficar. - Ufa.

Essa família, essa sim completa tudo aquilo que você mais precisa ver num carnaval. O pagode na areia da praia que um dia foi luxo.

Dentro de casa, o cidadão esqueceu de comprar seu sabonete, agora vai precisar retirar pelos pubianos daquela coisa que mais parece gomas empilhadas e molhadas.

Foi um dos últimos a chegar na casa e pegou a última corda do varal - sim aquela que não bate sol -
O rapaz contente e ansioso com certeza dormirá no sofá ou provavelmente o colchão mofado e esqueça não dormirá com sua senhora e torça para ter TV acabo, pois senão contente-se com a InterTV.

Para dar tchau a essa crônica lembro-me daquele trabalhador de Olaria que tão eufórico vai a praia sem filtro solar e se hidrata na cerveja, a noite o sujeito não se aguenta de tão ardido que está e tasca pasta d'água, fica aquela coisa linda com um sorriso de ponta a ponta, inventando explicações sobre o fato.


Porra, mas se essa porra não virar, eu pulo!


quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

ah...O Elevador

Crônica


Fonte da imagem: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEik7f9OVc_Loh9aL0m0bahxGqd2_L9-6XTZHgBS9nOaDX-6fPguFwzvQa9MJ7C0TGcndIAxyritav92HB-TOOJWAe2efamgYnqcric5ICcAlfQKzon2_rxISF-XCllr_BORG4ti3N5bsgk/s400/elevador.jpg



Não se acanhem em confessar senhoras e senhores, há sim um transporte rápido e descente no seu dia-a-dia, nesse seu árduo cotidiano urbano. O elevador.
O elevador é um dos trasportes mais usado diariamente por nós seres humanos, seres sociais que adoramos o calor humano, este é também um dos transporte coletivo de maior proximidade entre as pessoas, fora aquele metrô imprensado que só falta soltar as pregas de sua lataria metálica e também aquele "buzão" que um peso a mais, o chão vai ao chão.
Mas o bondoso elevador, não, ele se limita a sete pessoas e é de sete em sete que esta tão prestativa máquina guarda história pra contar, um cenário comum nas cidades com personagens diferentes a cada viajem até mesmo dos majestosos acessoristas.

Hoje Quarta-feira é um dos dias mais animado dos elevadores da vida, onde você ou aquele office-boy contente, mesmo ganhando um salário mínimo, comenta que o flamengo estréia na libertadores mas logo é contestado pelo simpático acessorista que diz que o flamengo não tem lá um time bom, uma discussão que abafa o olhar da senhora retraída no canto com olhar indiferente ansiosa para chegar ao seu andar, justo é o senhor de paletó que se espreme entre outros com seus documentos importantes não deixando passar seu pensamento quase alto, "que horas é o jogo do vasco mesmo?".

Não se acanhe senhoras e senhoras de confessar que uma viagem de elevador pode decidir o humor do seu dia, há aqueles ofice-boys no auge da adolescência que fazem de cada viagem uma aventura decidindo viajar no elevador que aquela secretária mais formosa e gosta for, seus olhares são câmeras que irá revelar aquela formosura mais tarde.

Elevador pronto pra partir com os murmúrios ao fundo e a cara desanimada do acessorista que não se difere de alguns passageiros quando de repente, "sobe!!" um gordinho engravatado, desajeitado e suado vem correndo em direção ao majestoso elevador, um "rã" e logo um "obrigado" saem no momento em que apavora todos os outros companheiros de viagem com seus "com licença..com licença", lá se vai mais um, "subindo...".

Não se acanhem senhoras e senhoras de socializar nesse simpático transporte que nos acompanha há séculos, não deixem de cumprimentar seu chefe fechado, nem mesmo a figura desconhecida que esbarra todos os dias dizendo "sétimo por favor.", crie uma relação com os personagens dessa caixa mágica que ao abrir a porta lhe deixa nas alturas ou nas profundezas.
Ah se me houvesse mais linhas.

Sobe...

domingo, 12 de fevereiro de 2012

"É nós"



"É nós"
Um linguajar popular como pacto de união, "é nós!" simboliza a parceria de manos, brother, irmãos e parceiros, uma comunidade unida, um código popular de parceria.
Em entidades secretas que reúnem homens de força ou dá força a homens, seus códigos internos e também secretos são imbatíveis na união e parcerias entre eles, os unem e unidos são mais fortes, juntos movem sociedades.
Mas claro, o número de homens com códigos secretos não chegam perto do número de homens de códigos populares.
Mas até onde o "é nós" é nós?
Até aonde vai o é nós popular, até aonde o popular se faz presente em união?

Já vinha me perguntando durante a semana sobre o quesito "a união faz a força", somos exemplos de desunião popular, somos capazes se sentirmos vergonha de protestar e não me diga que protestou no facebook.
Se juntarmos cada mano, brother, parceiro e disséssemos pra valer "é nós" seriamos a maior entidade do mundo, de poderes maior do que qualquer empresário, político ou qualquer governo.

Comprimente na rua com "é nós" e diga: Somos nós!




sábado, 11 de fevereiro de 2012

Homens-Lobo, mulheres-vampiras

Crônica

Imagem: Arquivo Pessoal


Do uivo seco da fera...

Lobisomem é uma criatura que surge em noite de lua cheia, uma maldição que o homem carrega, lenda que aterroriza mocinhas indefesas. Quando nasce a lua cheia suas luzes fortes clareiam a escuridão, os bravos homens se contorcem para libertar a fera que há dentro de si, como na famosa cena da sombra de um lobisomem entre as árvores uivando para o céu enluarado preparado para ir a caça.

 Caros senhores e senhoritas e por quê não senhoras, há uma lua cheia na última sexta-feira antes da semana da festa carnal, hoje haverão uivos dos lobos ferozes que há dentro dos homens comuns de cotidiano previsível, homens que durante todo o ano seguram seu instinto selvagem dentro de si acumulando desejos e fantasias, uma fera carregada de tesão.

Hoje esses lobos saíram, homens se transformarão em feras preparadas para a caça, haverá roupas masculinas rasgadas pelo chão e pelos bares dessa cidade.
Cuidado moças, eles são perigosos e ágeis, duro na queda do "não", seu faro e sua visão são aprimorados e aguçados a cada ano, suas garras afiadas, seus pelos aparados exalando testosterona, damas não saiam de casa.

 Mas para toda fera há um predador, uma raça superior...Caros lobos recolham suas garras e afiem suas defesas, pois os tempos mudaram e nossas mocinhas indefesas se transformaram em vampiras, criatura de atitude e de grande inteligência capaz de domar qualquer lobinho, hipnotizar os machos lobos ferozes com seus cheiros e curvas suaves agressoras.
Criaturas que recolhiam as botas dos seus senhores hoje são perigosas caçadoras, maliciosas e devoradoras do "caráter" masculino.
Corram lobinhos...corram.

 Nós lobos de instinto selvagens nos enchemos de bravura e orgulho quando conquistamos a presa, mas tolos somos, pois essas tão superiores criaturas que são,  nos caçaram primeiro com sua sedução e beleza.

 Não existem mais lobos de verdades tampouco vampiras verdadeiras, na arte de amar o pintor já não usa aquarelas, a beleza do "hoje não" deixou lugar para o "agora!". Caçar já não é a mesma coisa quando não se é o rei dos predadores, talvez nunca tenhamos sido.
Elas, criaturas superiores reconhecem nossa fragilidade egocentrica e nos dá antes do abate o prazer de "nos acharmos".

 Uivem lobos famintos, uivem...

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Série - Boardwalk Empire

Retratar o passado e talvez aprender com ele.

Boardwalk Empire, um série de Terence Winter que retrata com ficção e fatos reais os anos 20 ou "Loucos anos vinte" nos Estados Unidos, Atlantic City.
Conta a história de gangster como Al Capone, Nuck Thompsom ( Nuck Johnson ) e Lucky Luciano, que brigam pelo seu espaço e seus negócios de contrabando.

Mas muito mais do que isso.

De fato essa série me abriu a memória para essas histórias de Gangster e assim como os famosos "anos 20" que não se passou apenas em cidades Americanas, mas também em Londres, Paris e Berlim, uma época de mudanças e surgimentos como o Jazz, Walt Disney e conquistas como o direito ao voto das mulheres.
Nesse período pós-guerra, para conter problemas sociais o governo dos Estados Unidos vigora a lei de proibição ao Álcool, chamada de "Lei Seca".
Esse acontecimento cooperou para o surgimento do Crime Organizado entre: Chicago, Nova Iorque, Nova
Jersey.
Essa década é interessante como já disse por marcar fatos importantes, o capitalismo começou seu império e a sociedade a se destruir em consumismo.
A economia crescia, pessoas podiam comprar mesmo não tendo dinheiro, grandes metrópoles como Nova Iorque começam a crescer e a população rural começa a diminuir.
Anos depois acontecimentos como "A bolha" aparecem como efeito colateral.

De fato,uma década que hoje vemos com mais clareza, que consigo enxergar o motivo das guerras.

Vale conferir essa série da HBO.



Fonte da imagem: (facebook.com/boardwalkempire)