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segunda-feira, 10 de junho de 2013

É assim.

Recito, explico, entendo, me condeno.
Me afobo, grito, troco as palavras e a intonação.
Com isso só afasto seu perdão.

Pirracento, chorão, não ouvia nem meu coração.
Minh'alma silencia, se aquieta, afasta todas as minhas razões. Mostra em mim as pedras e os calos a serem lapidados. 
Melhor serei, mesmo que em outro jardim me junte à outras rosas. 

O meu querer já não é suficiente, minhas palavras já força nenhuma tem.
Meus sonhos são pesadelos de um seu que não acredito que exista.
Empurrado ao precipício da aceitação, do tempo que antes me torturava.

Ainda sinto o cheiro de suas rosas, em seu jardim quero me embolar meio a elas, as quais nunca cansei de admirar.
Na sua doçura, sua bronca, em sua timidez , no seu mais sincero olhar.

Seja Deus no seu tempo, no seu querer.
Assim seja o melhor a acontecer.