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quinta-feira, 9 de junho de 2016

O último jantar

O último jantar

Soem o som do silêncio!
Acedam a luz da escuridão!
E não esqueçam de chamar a solidão.
Avisem ao desespero, que apreça quando puder.
Depois de misturarem a mentira e a vergonha,
espere por cinco minutos, até que esteja no ponto.
Não deixe a raiva dando sopa,
se o inocente tomar, não sei o que será!
Espalhe a preguiça por todo lugar,
nada pior que sobrar disposição.

Bloqueie o caminho da entrada,
sair será sempre o caminho.
Ponha a mesa e deixem espaço para Ninguém.
Que cada lugar tenha seu prato, copo e guardanapo.
Os talheres deixe de fora,
o vazio é comido com a mão.
A Fome é a primeira a sentar,
ao seu lado não sentará a Satisfação.
Da cabeceira apenas eu!

Prepare planos para depois!
Conte estórias de um só conto,
mas não deixe de fora a Angústia.
Ela adora aparecer.
Será inesquecível!
Não prolongue e deixe espaço para o Tédio.
Será Inesquecível!
O Pânico chegará, hão de enlouquecer!
Será inesquecível!
Não se esqueça que junto vem o medo,
ai...o Medo!
Será inesquecível!
Espero que a Frustração não se atrase!
Será Inesquecível!

Pedirão outros como este.
Aclamarão ao meu nome!
Será para sempre lembrado!
...Mas não sabem que este,
logo estará acabado.
Este é o último.

Logo retirarão as preguiças.
Não se ouvirá mais o som da solidão,
tampouco o vazio da escuridão.
Não terás nem mesmo tempo para a mentira,
logo não terás vergonha.
O Tédio, acabado estará!
Me leve daqui!
O Medo e o Pânico, pra onde irão?
Me leve daqui!
Não deixarão ao menos o luxo do vazio.
O que será da Frustração?
Pegue o que puder!
Achou-se a Vida, e logo não a perderão.
Se apresse!
Achou-se o Tempo, logo não o perderão.
Leve contigo a tristeza,
não a perca de vista!
A felicidade chegou e está com pressa!
Só temos o caminho sem volta,
para nós é o que sobra.



segunda-feira, 10 de junho de 2013

É assim.

Recito, explico, entendo, me condeno.
Me afobo, grito, troco as palavras e a intonação.
Com isso só afasto seu perdão.

Pirracento, chorão, não ouvia nem meu coração.
Minh'alma silencia, se aquieta, afasta todas as minhas razões. Mostra em mim as pedras e os calos a serem lapidados. 
Melhor serei, mesmo que em outro jardim me junte à outras rosas. 

O meu querer já não é suficiente, minhas palavras já força nenhuma tem.
Meus sonhos são pesadelos de um seu que não acredito que exista.
Empurrado ao precipício da aceitação, do tempo que antes me torturava.

Ainda sinto o cheiro de suas rosas, em seu jardim quero me embolar meio a elas, as quais nunca cansei de admirar.
Na sua doçura, sua bronca, em sua timidez , no seu mais sincero olhar.

Seja Deus no seu tempo, no seu querer.
Assim seja o melhor a acontecer.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Di Carlos Roberto de Oliveira

Crônica



Dicró e Moreira da Silva



Pandeiros calados, cavacos de cordas soltas, o chapéu do sambista amarelou num céu nublado, o coro canta baixo e a roda diminuiu, entristecem homens de boa fé, chorem mulheres esperançosas, pois lá se vai mais um homem de H maiúsculo, homem da raiz do “macho jurubeba”, como nossos avôs que presava por uma barba bem feita e não ligava por um chinelo da “moda bacana”.


Dos discos e fitas, cds e ele chegou até aqui, com humor e bom senso, humildade e bom gosto e amor dedicado à velha cruz de malta.

Dormi um sambista de coração e com pé no chão. Di alguma coisa, di fato, di perto, di bom, di homem, Dicró...

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Livraria Ideal, uma história contada dentro e fora dos livros

Indico *


Há tempos quero dedicar um post à Livraria Ideal e hoje é o dia.



Nessa manhã de Quinta-feira cumprindo meus compromissos pelo centro da cidade passei pela Rua Visc. de Itaboraí e bati o olho na Livraria Ideal, pela qual admiro a história e o simbolo que é para a cultura de Niterói.

Resolvi entrar e conheci o Senhor Carlos Monaco, dono da livraria e o papo foi bom e acredito que todos deveriam conhecer essa livraria crianças, jovens, adultos e idosos - se já não conhecem -.

Loja modesta de aparência bagunçada o clima é de vizinhança pequena, onde vizinhos ficam no portão sentados e conversando, todos que passam cumprimentam o Sr. Carlos e aproveitam para pegar o jornalzinho da livraria, algumas cadeiras na calçada convida a uma leitura rápida enquanto o tempo passa.


Bom, preparei um resumo da História da Livraria Ideal. De um lida.


Tudo começa em 1935 na Av. Visconde do Rio Branco em Niterói no número 255 e era chamada de Livraria do Monaco, ainda na Av. Visconde do Rio Branco em 1946 a Livraria mudou-se para o número 239 e passou a se chamar Livraria Ideal.

Em 1957 as 12h na sede da Livraria Ideal é fundado o Grupo Monaco de Cultura por Silvestre e Emílio donos da livraria, coma finalidade na difusão cultural por meio de palestras e bate-papos periódicos sobre coisas de cultura.

No final de década de 70, já com o Carlos Monaco filho do Sr Silvestre Monaco a livraria ganha um novo endereço que permanece até os dias de hoje, na Rua Visconde de Itaboraí 222, ponto de encontro do Grupo Monaco de Cultura. Aos sábado às 9h, escritores, pensadores e dono de livrarias discutem pensamentos, eventos e ainda realizam lançamentos de livros.


Batendo um papo com Sr. Carlos que demostra amor e intimidade com os livros além da história que carrega consigo de uma Niterói que jamais veremos, descobri que em nome da Livraria doou 8mil livros para o Espaço de Memória Fluminense na Biblioteca Central da UFF, sendo hoje o maior acervo sobre a história do Rio de Janeiro. Sr Carlos Monaco ainda apresenta um programa no canal da UFF, Grupo Monaco de Cultura e Saúde as Terças-Feiras 15h ao vivo.


A Livraria ideal trabalha com livros usados de diversos assuntos, o preço das obras é a partir de R$10,00, porém percebi bons preços comparados a outros sebos.

Separei alguns. (veja a baixo)




                 (Carlos Monaco na Porta da Livraria Ideal)





Pintura Bizantina y Russa: R$35,00
Pinacoteca Caras: R$4,00

O mundo da Arte: O Renascimento: R$15,00 









Curso Completo de Fotografia. 2 Volumes: R$40,00
















[ Imagens: Rômulo Alcântara ]

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Coletivo muda na Capa da Página do Prosotro no Facebook

Nova imagem de Capa na página do Prosotro no Facebook é do Coletivo MUDA.



A cidade perde sua formosura e sua cor se houver apenas concreto, seu ar se perde sem as árvores que fazem o máximo para deixa-la sufocar com sua covarde poluição.
Uma expressão de arte urbana contagiante.


E a galera do Coletivo MUDA estampa a cidade com cores e arte. Uma intervenção que pode mudar o humor  e sentimento das pessoas que por ali passarem.



Vamos ver o que o MUDA diz sobre eles ?


Uma expressão de arte urbana contagiante.


Coletivo MUDA


Formado pelos designers Bruna Vieira e João Tolentino e pelos arquitetos Diego Uribbe, Duke Capellão e Rodrigo Kalache, o Coletivo MUDA é focado na experimentação e no desenvolvimento de arte, que tem como seu principal suporte a cidade. O grupo se dedica a instalações urbanas a partir de painéis compostos por módulos em revestimentos clássicos como azulejos e ladrilhos hidráulicos, combinados a uma estética gráfica contemporânea.

Os painéis são pensados especificamente para cada local, e cada módulo é cuidadosamente estudado para manter a harmonia total da composição. O grupo procura interferir no cotidiano da cidade e das pessoas que transitam por ela, contribuindo para tornar nosso espaço mais lúdico, diversificado e colorido.

MUDA atua como elemento integrador entre as pessoas e o ambiente urbano.

Ao longo deste primeiro ano de existência o grupo vem expandindo os materiais usados e os lugares de atuação, aplicando revestimentos de diferentes escalas pela cidade. O Coletivo MUDA tem instalações em diversos pontos da cidade do Rio de Janeiro, com destaque para Cinelândia, Carioca, Lagoa, Barra da Tijuca, Leblon, Arpoador, Santa Tereza e Gamboa. Recentemente em São Paulo na Vila Madalena e no Ibirapuera. Ao buscar prioritariamente espaços que estejam esquecidos ou desvalorizados, MUDA tem como proposta contribuir com a diversidade e revitalização da cidade e enriquecer a experiência do transeunte.

Em 2011, o Coletivo MUDA também participou do Art Rua, evento de arte urbana na cidade do Rio de Janeiro, e foi citado em inúmeras publicações impressas e digitais, com destaque para a matéria da Revista do do Jornal O Globo – 25 de setembro de 2011.


Edifício da Prefeitura de Niterói Balança

Edifício Histórico com característica modernista que abriga a Rodoviária Municipal Roberto Silveira e Secretárias Municipais e Estadual treme na tarde de Segunda-feira (16).
Chegando ao trabalho vejo uma concentração de pessoas, cheguei achar que pudesse ser concurso público ou um protesto,mas me aproximando não pude entrar no prédio devido a suspeita de que o prédio estivesse balando com risco de desabar.
 Com essa notícia liguei há um episódio que havia ocorrido comigo na semana passada. Ao levantar da cadeira senti um certo balanço como se eu estivesse tonto até então era comigo, mas outras pessoas sentiram a mesma coisa e hoje o edifício balançou mais forte do 7° (sétimo) ao 4° (quarto) andar.
 Peritos da defesa civil depois de analisarem o prédio inclusive o térreo na rodoviária liberaram o acesso com a informação de que "não há rachaduras comprometendo a estrutura do mesmo". Isso mesmo, nosso foi liberado e eu subi.
 No período em que esperei fora do prédio uma senhora passou revoltada exclamando que só tomam providência quando acontece com a prefeitura - ignorância dessa senhora pois é só discar 199 e chamar a defesa civil, mas segundo ela até para Brasilia havia ligado. - Essa senhora dizia que casas da Rua Barão do Amazonas na altura da Ponta da Areia estão tremendo e algumas já tem vidros quebrados e isso seria por conta de uma obra que o Porto de Niterói está realizando na Antiga Escola Superior da Polícia Militar, na Rua Feliciano Sodré.
Mas não foi só dessa senhora que ouvi o mesmo caso, um fotógrafo do jornal "A Tribuna" disse que já havia feito uma reportagem sobre casas sofrendo rachaduras naquela região e que inclusive a sede do jornal estaria sofrendo a mesma coisa e seria remanejada para outro local.

Então caras amigas e baratos amigos?
Essa área vem sofrendo um desenvolvimento muito grande, devido a ampliação do porto e dos estaleiro na Ponta da Areia, como disse anteriormente essa obra realmente pode estar gerando um impacto nessas construções, mas também a grande quantidade de veículos pesado como ônibus podem ser causadores ou até mesmo por está na rota dos Helicópteros da base AeroMaritima da Policia Militar.
E ainda o edifício passa por uma reforma na Sobreloja e no 2° pavimento, não sei se houve demolição de parede ou algo que comprometesse a estrutura do edifício, já que a defesa civil liberou o acesso.

Estou aqui em cima e por enquanto nada demais só "vup pra cá e vup pra lá".
Será que balança mais não cai Jorge ??



quinta-feira, 12 de abril de 2012

Niterói x Bicicletas

Falta educação! 

Não se espante se ao olhar para o lado ver um brasileiro nato cometendo brasileirice. Brasileirice, são aquelas atitudes que só brasileiros cometem, tipo: Furar fila, malocar o que é dos outros, parar em vaga proibida, parar com o carro sobre a faixa de pedestre e por aí vai.
Não é preconceito até porque sou também um brasileiro, é apenas a pura verdade.

A falta de educação infelizmente é comum em muitas cidades do Brasil, isso acarreta no não funcionamento correto de um sistema por exemplo de transporte eficiente.


Comecei o texto com essa critica pois o que irei dizer é um resultado dessa cultura brasileira que não larga do nosso pé.

 No post anterior falamos sobre cidades como Amsterdam e Bogotá, o uso dos espaços públicos e a bicicleta como meio de transporte. Hoje falarei sobre minha cidade, Niterói a cidade com o maior número de Classe A em proporção do Brasil e que já esteve no ranking de "a 4° cidade com melhor qualidade de vida do Brasil".
 Bom, tendo em vista um curriculum desses iremos todos acreditar que esta cidade sim é um exemplo para o pais, pois não, ela não é um exemplo, vejamos. Vimos que nessas cidades o governo não apenas disse que andar de bicicleta faz bem e que as pessoas precisam se socializar mais, precisavam entender que qualidade de vida não é andar num carro fechado excluindo todos os outros fatores, mas sim estudaram um método e chegaram a um resultado que precisavam fazer a cidade para as pessoas e não para os carros, assim facilitando qualquer acesso para pessoas mesmo que de bicicletas e distanciando ainda mais o acesso por carros, em Amsterdam os carros passam por fora da cidade não podendo percorrer por dentro do centro.
A diminuição de número de vagas é uma ótima iniciativa para as pessoas deixarem de usa-los. O que é preciso é não atender o crescimento do uso do automóvel.

 Diminuir vagas para carros e fechar ruas seria considerado loucura, mas pode ser a solução. Não basta pensarmos sempre em abrir ruas, dar mais espaço para carros, precisamos pisar no freio e estudar se essa é a melhor solução. Em Bogotá, Colômbia, o prefeito decidiu priorizar os espaços públicos para pessoas fazendo exatamente como citei acima, fechou ruas as transformando em ciclovias e passeios, o uso da bicicleta aumentou e a qualidade de vida melhorou.

 Mas em Niterói? Funcionaria?
 O então atual prefeito Jorge Roberto Silveira, contratou uma empresa para que fizesse uma "pesquisa" e um "estudo" de viabilização das CICLO FAIXAS em Niterói, logo depois de um tempo essas foram implantadas em alguns trechos da cidade, em algumas ruas apenas a indicação visual de que o espaço é destinado a ciclista já em outras há mesmo uma faixa com sinalização de "olho de gato".
Uma boa iniciativa até o ponto em que entendemos que além de implantar é preciso educar, conscientizar e punir. Tratar carros como prioridade e separar um "canto" para o ciclista não é solução, é preciso criar uma politica com base em estudos e comportamentos sociais, numa cidade que se entope cada vez mais com carros e edifícios o governo não pode se esconder com obras de campanha é preciso criar soluções para não entrar em colapso.
É preciso priorizar as pessoas, Niterói na região baixa tem um percurso médio a pé de um rio de 2km, isso é do centro da cidade até outros bairros vizinhos como, Icaraí, Fonseca, Santa Rosa, São Lourenço o cidadão andaria até 2km, isso é uma ótima característica para um sistema de transporte de bicicleta. Primeiramente é preciso que as pessoas junto ao governo se conscientize e respeite o ciclista para que esse sistema funcione, é preciso o entendimento das pessoas que a utilização desse veículo é mais saudável a saúde e a cidade.

Numa região como o Rio de Janeiro é sustentada a ideia de que ao usar esse tipo de transporte a pessoa se suje, sue e chega no seu destino em condições inapresentáveis.
Por isso defendo que o modelo de bicicleta elétrica deva ser incentivado principalmente na diminuição do preço, pois acaba não sendo vantagem para o usuário.


Não incentivar o uso de bicicletas em uma cidade como Niterói é uma atitude ignorante.
A reportagem acima conta casos de pessoas que tiveram seus veículos presos numa operação da Polícia por não possuírem carteira ACC que permite a condução de Veículos Ciclomotores.
Precisamos entender a diferença entre uma Bicicleta Elétrica e uma Scooter Elétrica.



Organizar um movimento popular da insegurança no trânsito contra os ciclistas e o apoio e incentivo do uso da bicicleta pelos cidadãos?
Exigir estacionamentos para bicicletas em setores públicos e comerciais?