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segunda-feira, 26 de março de 2012

Café Turnê






Uma turnê. 



É exatamente isso, vamos sair em turnê conhecendo e buscando cafeterias em Niterói e provando seus cafés.A ideia é criar um guia de cafeterias baseado em experiência de pessoas comuns apaixonadas por café.
Além de conhecer novos lugares iremos conhecer novas pessoas e fazer novos contatos.
Vamos lá!!
Essa ideia partiu pela minha paixão por esta bebida e por tantas vezes ficar perdido em tentar achar um lugar bacana pra tomar um café.
Pensando nisso e no sentido social do café criei o Café Turnê e espero que as vocês participem. SimBora!!

Para participar basta Participar do Evento criado na página do Prosotro no Facebook.


Link da Página:


terça-feira, 20 de março de 2012

Do caixote a estante

Hoje dei continuidade a minha ideia de transformar um caixote de transporte de armas que consegui numa loja de, armas em uma estante para meus livros.
Bom o processo não é tão simples, pois o compensado maior serve como estrutura então eu precisei cerrar e deixar o que está preso para que a caixa não amoleça.

Hoje terminei de tirar o compensado e cerra-lo para aproveitar como prateleira, a moldura da frente ainda não foi encaixada será uma das ultimas coisas a se fazer pois preciso estruturar a prateleira para que não sofra flexão e quebre.

Da uma olhada nas fotos.


(como era)
(Vista superior)

(como está ficando)


segunda-feira, 19 de março de 2012

...

Eu gostaria de ter o dom ou pelo menos o talento para passar cenas de um cotidiano para uma tela ou aquele céu lindo de final de tarde com mistura de cores que não consigo nem mesmo explicar, mas não sei, por isso me subestimo com palavras e fotografias.

Os dias da minha vida correm e não sei ainda o que serei, mas sei o que quero ser. Como chegar lá ?
Paro as vezes na rua só para observar o movimento da cidade e como se comportam as pessoas passando uma pelas outras sem se conhecer.

Vejo um objetivo que pessoas comuns já conquistaram antes mesmo de completar vinte anos e eu com vinte e seis não cheguei perto. Fracasso ou não prioridade?

Quem nunca se sentou numa mesa de bar e no meio de uma conversa com os amigos parou e se perguntou
até quando serei esse ?
Pois é imagino que só eu.

Um artista não conseguiria ser um artista se vivesse cada dia como um advogado burocrático  vive e mesmo assim ele não se sente um perdedor pelo contrário, consegue ir além de uma burocracia social.

Sinto vontade de ter uma tela em branco na minha frente e um tabuleiro de tintas com cores variadas e pincéis e simplesmente rabiscar, sem pensar no que vai dar, só rabiscar, por pra fora aquilo que guardo sem querer ou só por medo de jogar. Ah como é aliviador só de pensar, "slash" e a tinta se esparrama pela tela, misturar as cores sem se preocupar com o feio e com o belo, padrões que nos arrasam.

Achar que preciso me moldar a uma categoria ou a uns comportamentos repetidos,sim é isso essa sociedade de comportamentos repetidos.

Agora mesmo escrevo este texto com uma liberdade que não sentia nos outros, pois só tenho em minhas mãos um papel e uma caneta, não vejo um "auto-save" registrando a hora da edição nem uma "auto-correção" sinalizando meus erros de português.

Nunca liguei pra nota que iria receber nas provas da faculdade nem pelo o que as pessoas iriam achar dela, pois sei o que aprendi - oque é mais importante - e não como consigo mostrar isso.
O que quero dizer é que meu conhecimento não pode ser avaliado por dez questões teóricas.

Minha vida não será avaliada por uma prova depois que sair da faculdade. Não vou responder a dez questões para encontrar a pessoa que se casará comigo e ficará a vida toda ao meu lado, não responderei a essas questões quando for fechar um contrato de trabalho.

Quem dera se houvesse uma prova que no final das minhas respostas me dissesse quem serei.
Eu queria estar falando de coisas engraçadas e sei lá mais o que, mas não da para escrever sem tinta e agora consigo um pouco mais para continuar.

Não deixe seu tempo passar sem você tentar descobrir quem quer ser ou quem será.
Se já sabe ou descobrir me conte como chegou lá.

[ texto escrito na madrugada de Domingo (18/03) para Segunda (19/03)

terça-feira, 6 de março de 2012

Estratégia do Cotidiano

Crônica
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(Imagem de kyle Smart)


Vento ventania. Deem lugar à senhora indefesa cheia de pesadas sacolas que lança aquele olhar de cansada, educadamente nada contra sua vontade você cede carinhosamente o lugar.

Tracem seus planos estratégicos para sair de casa, regularize os melhores horários para não entrar no caos de um belo coletivo lotado, um sol que lhe racha a cara, para não esbarrar com o porteiro mala que lhe pára para prosear quando você está atrasado. 

Planejem-se caras amigas, criem estratégias do cotidiano baratos amigos, os dias de hoje exigem alto grau de competência. 

Não esqueça do horário em que aquele raro coletivo com ar condicionado passa no seu ponto, não deixe de reparar o horário de saída das escolas com vans de transporte, sim essas que ocupam toda a rua, justo a rua em que você passa - não tem como fugirmos delas.

Trace seu roteiro, escolha bem o restaurante que for almoçar para que não tenha um desagradável almoço, naquele que o garçom mais parece um mecânico as mesas com toalhas xadrez de listras vermelhas, cobertas por um plástico transparente que gruda nos nossos braços. A tia que sai da cozinha suando e lhe pede "licença" para abastecer o serve-service. 

Saiba sem erros onde estão todos os bancos de sua cidade e qual é aquele que pode fazer você esperar menos de confortáveis quinze minutos numa cadeira assistindo Mulheres de Areia.

Não aconselho imprimir seus planos, vai que mulamente não grampeou as folhas e um vento lhe pega de supetão e leva suas folhas, você não vai querer sair correndo pela calçada atras delas.

E cuidado, ser um sujeito hitech pode lhe custar caro, não salve em seu Palm ou Tablet o pdf das suas estratégias do cotidiano. O melhor a se fazer e gravar na caixola. 

Tirar fotos com seu Smartphone de tudo que vê não é legal, reserve isso para quando Sr. Antônio Bandeiras topar de frente com você ou quando aquela linda Ferrari Califórnia 2012 roncar no sinal em que espera fechar.

Se houvesse os dez mandamentos da Estratégia do Cotidiano uma delas seria: Não ache que será Whoopi Goldberg em Corina, uma Babá Perfeita e assoprará o semáforo e ele se abrirá. Não! Você precisa esperar!

Seja o Chuck Norris da Estratégia do Cotidiano.

Perdoe esse cronista do cotidiano com suas idéias indelicadas de um cotidiano perturbado, as mazelas desse cara que chora a cada calça apertada que veste, ou a cada carro que xinga quando lhe avança o "sinal", que declara injurias de ódio para o motorista do ônibus que não para no ponto, mas admira o trabalho do guarda de trânsito que, de pé rege com apito na boca o turbulento trânsito sobre ele o doloroso sol na nuca.

Sente-se senhora, por favor...


segunda-feira, 5 de março de 2012

A voz de um povo calado

fonte da imagem: www.territoriogoncalense.com/


Fulanos, sicranos e beltranos, prestem atenção porque somos todos, fulanos, sicranos e beltranos.
Misturados andamos como formigas, rápido e aparentemente sem rumo, somos como uma manada de boi embarcando num barco que nos carrega para o outro lado.

Somos desconhecidos de conhecidos, somos como personagens de game, figurantes de uma fase.
Coadjuvantemente é aquele com os braços abertos no alto de um morro, esse sabemos o nome e onde mora.

Tento me desembolar em palavras, apagando e escrevendo, apagando e escrevendo, já teria eu folhas e folhas rasgadas e o som de pedras jogadas ao chão, se esse delicado teclado de plástico fosse como o de uma máquina datilografa.

Tudo isso para dizer que agimos no dia-a-dia como observadores tapados, como os burros e cavalos usamos aquelas viseiras que nos fazem olhar apenas para frente, sem enxergar o que acontece ao nosso lado, para que não nos assustemos e mudemos nossos comportamentos.

Uns bons senhores e senhoras egoístas, cravados por uma ilusão de poderosos consumidores de "made in", ilusionados por um sonho consumista.

Ensinados a não reagir, nos importamos com o que é falado nas cenas de novela e a calar-se diante de uma agressão politico-social e a criticar quem a protesta.

Esse pais viveu a ditadura militar incentivada por um governo líder mundial, não vou me desviar a explicar o que seria uma ditadura, aos que não conhece imagine que pelo nome, seja algo que impõe, ditador.

Em tempos de céus nublados por uma ditadura tivemos uma sociedade calada, os contos de presos políticos e protestos são de poucos atores, já naquele tempo, muitos pensavam "o que vou fazer lá?", mas não era uma conformidade e sim ocultação de opinião. Talvez por medo.

Hoje, um pais "conquistador" de sua democracia vive a mais clara ditadura, somos ensinados a aceitar aquilo que é imposto pelo nosso próprio governo e seus aliados. Protestos são combatidos como crimes e as repressões são rigorosas.

Mas essa sociedade que se cala? De tantos que são atingidos, por quê poucos se ferem?
Porque estes morrem calados.

Julgadores, são aqueles que passam por um que protesta jogando sobre ele um olhar de superioridade e "não tenho tempo pra isso", como se a causa fosse para um só.

A cena do sujeito engravatado que não levantaria a voz em grito de protesto para não chamar atenção dos outros que agem tal como. Ele prefere aceitar.

A cena da jovem incrementada de futilidades que, "tuita" - uma confusão aqui, não sei o que é? um monte de gente. Credo. Interessada apenas no estoque intocável da sua loja "Made in".

Credores e pagantes cidadãos brasileiros, suspendamos a bandeira do brado retumbante e mostremos quem é o povo heroico.

Honremos aqueles irmãos de pátria que em estado de miséria são escondidos para aparecermos diante da platéia global.

A bandeira não sobe com o peso da vergonha de protestar, ela deve ser lavada com a "cara e a coragem".

Caras senhoras e baratos senhores, não a pastor sem rebanhos, não há comício sem platéia.
O povo tem a força só precisa se unir. Repasse a seus amigos o "tapa na cara da realidade".

E assim, o teu futuro espelha essa grandeza...