Numa mesa de bar a noite numa praça movimentada senta-se a nossa mesa um sujeito cabeludo, sujeito amigo como de longas datas, no fundo sem se esperar mais sussurrava um samba.
Em prosa discutíamos o estado decadente da qualidade da televisão brasileira, uma prosa boa e interessante.
Um sujeito amigo, uma doce e bela namorada e agora um leve gordinho engraçado, sujeito camarada que tem como grande paixão o samba.
Como se já não fosse demais, eu, homem apaixonado e fora de forma, porém de rosto másculo e pintoso percebo da mesa vizinha um olhar feminino que chamara a atenção, logo penso se não seria eu que como um bom aprendiz de gordo, "que gordisse cometi"?
Nada mais que justo senhor.
Não eram minhas gordisses, era apenas a singela beleza de um casal que chamara a atenção de uma moça loura de olhar leve, ela desejava que sua solidão e carência se transformassem um dia naquela cena.
Não nego que por um momento achei que meu rosto másculo e pintoso fosse o motivo dos olhares.
Não nego que por um momento achei que meu rosto másculo e pintoso fosse o motivo dos olhares.
Ah se houvesse um sambista moderno que soubesse traduzir o que elas, damas encalhadas sentem.
Damas honestas de bom timbre, formosuras e simpatias gratuitas ou até algumas de tantos maus tratos, raivosas com medo do futuro.
Damas honestas de bom timbre, formosuras e simpatias gratuitas ou até algumas de tantos maus tratos, raivosas com medo do futuro.
Damas que esquecidas são vistas como possibilidades, mas que na verdade gostariam de ser vistas como o capítulo final de uma história avassaladora.
"damas honestas de bom timbre"...
ResponderExcluiras conheço - se não todas, uma boa parte - desfilando nas ruas do rio saudoso rio.
As conhece? Desfilando? haha
ResponderExcluirquem são essas damas?
hahaa
Um tanto rude...
ResponderExcluirmas gostei muito.
Rude no trato com as tais damas encalhadas e invejosas...
Mas continuando se nota que não era a intenção.
Por isso o texto fica ainda melhor.
É a sua cara... a forma de escolher as palavras especialmente.
Sincero como uma criança na hora qualificando as pessoas.
Obrigado magrão me inspirei, é a tentativa de uma crônica sobre aquela noite na cantareira.
ExcluirO rude nem sempre é agressivo... que o diga Bukowsky. hahaha
brigadão mesmo!