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domingo, 15 de janeiro de 2012

Ainda sem Título, Talvez "Sofia"


Este é um conto que comecei a escrever mas parei pois achei que não estava bom e por isso não consegui manter o diálogo.
Então uns amigos do facebook deram a ideia de postar e colher ajuda para o desarranjo desse Romance.

Comente sua opinião é importante!



Nenhum homem daquele bar iria rejeitar um olhar a uma mulher como Sofia, uma beleza rude com traços deliciados e volumes bem ousados, seus cabelos castanhos escuros compridos bem feitos deixava rastros de invejas pelas mulheres, os homens caiam-se com o cheiro de sua colônia, seu olhar castanho não desmentia a mulher de personalidade que era Sofia.
Mas sua beleza e vaidade escondiam a mulher sensível de comportamentos e pensamentos maduros, uma jóia rara de nenhuma vulgaridade, filha de comerciantes era como dito um diamante, morava sozinha em um apartamento na Glória, uma jornalista empenhada que além dos encontros com os amigos no bar na sexta-feira não dividia seu tempo com a boemia carioca.

A caminho do “charmoso bairro da Glória”, nos apertados bondes cariocas às dezoito horas da noite Sofia concentrada na leitura de um livro deixa escapar um pensamento alto.

- Já começamos o egoísmo e ignorância no iluminismo.

- Talvez haja razões para o homem se justificar das suas ações.

Sofia nunca ouvira aquela voz que via ao pé dos seus ouvidos, em um leve giro ela olha para trás pergunta ao jovem rapaz.

- Como?

Sem graça, porém confiante o rapaz não hesita a responder a bela moça.

- sem crença não há fé, sem propósito não há motivação, precisamos de uma sociedade motivada e controlada pela crença, mas que acima de tudo tenha liberdade. Não vejo egoísmo muito menos ignorância, senhorita.

Talvez fosse a hora de pedir desculpas por se intrometer na leitura da senhorita, mas o rapaz encorajado, continuou.

- Bartholdy, Francisco Bartholdy.

- Sofia.
Francisco Bartholdy, um jovem advogado charmoso sem muitas ambições que morava com os pais, portugueses que residiam na zona sul carioca, ao contrario de Sofia o jovem Bartholdy gostava da boemia carioca, freqüentador de cafés e samba na Lapa.
Sofia ignorando o rapaz intrometido e abusado, virou-se e voltou a se concentrar em sua leitura.

- Montesquieu? É entendo seu ar de revolta.

Sofia ainda sem dar atenção ao rapaz que começara a ficar sem jeito por estarem todos os viajantes o olhando, continua lendo, porém sem qualquer atenção ao que lera, não era por menos, sofria uma abordagem direta e inesperada de alguém que nunca havia ouvido falar.
Desceu em seu ponto e até chegar em casa não admitia tanta ousadia, mas logo não passou de um acontecimento esquecido depois que viu “lupo”, seu gato de estimação por quem doava todo seu carinho.

Semanas se passaram até que numa sexta-feira de um quente verão num bar de samba na Lapa, com os amigos de trabalho que contavam estórias e “papos furados” Sofia esbarra e deixa cair seu copo de Martini, molhada e enfurecida a jovem jornalista ao olhar o desastrado que derrubara seu Martini, Sofia lembrando daquele rosto jovem e bonito ameaça a reclamar, mas convencida de que o melhor seria virar-se e ignorando o acontecido voltar a mesa. Bufando suavemente dar-lhe as costas retornando a sua mesa, logo o rapaz a indaga.

- A iluminista revoltada?
Sem perder a educação e cordialidade, Sofia responde com ar áspero e desanimado.

- Não.

- Desculpe se pareci invasivo, não foi minha intenção, mas como pedido de desculpas pela invasão e pelo Martini peço que aceite que lhe pague uma bebida.

Por mais dura que quisesse ser ou demonstrar Sofia não poderia recusar a cordialidade do jovem. Bartholdy se juntou a mesa de Sofia e seus amigos e vê a chance de começar do zero aquilo que pra ela tinha começado com desastre.
Conversavam sobre suas profissões e claro o desfeche do assunto no bonde, Sofia ainda fechada aos encantos do rapaz não lhe dava sorrisos, mesmo com as boas piadas do jovem que faziam todos da mesa rir e afirmar.

- Onde escondia esse seu amigo Sofia?
Sofia não tinha o que responder já que nem ela mesma conhecia o jovem rapaz que encantara seus amigos.


Um comentário:

  1. Me amarrei...

    Fato cotidiano sem fechamento...
    Inúmeras possibilidades e o tipo de coisa que da pra identificar como possibilidade.

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